quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Liturgia da sexta-feira, 3 de Dezembro de 2010

Primeira leitura (Isaías 29,17-24)
Sexta-Feira, 3 de Dezembro de 2010
São Francisco Xavier

Leitura do Livro do Profeta Isaías.

Assim fala o Senhor Deus: 17Dentro de pouco tempo, não se transformará o Líbano em jardim? E não poderá o jardim tornar-se floresta?
18Naquele dia, os surdos ouvirão as palavras do livro e os olhos dos cegos verão, no meio das trevas e das sombras. 19Os humildes aumentarão sua alegria no Senhor, e os mais pobres dos homens se rejubilarão no Santo de Israel; 20fracassou o prepotente, desapareceu o trapaceiro, e sucumbiram todos os malfeitores precoces, 21os que faziam os outros pecar por palavras, e armavam ciladas ao juiz à porta da cidade e atacavam o justo com palavras falsas.
22Isto diz o Senhor à casa de Jacó, ele que libertou Abraão: “Agora, Jacó não mais terá de envergonhar-se nem seu rosto terá de enrubescer; 23quando contemplarem as obras de minhas mãos, hão de honrar meu nome no meio do povo, honrarão o Santo de Jacó, e temerão o Deus de Israel; 24os homens de espírito inconstante conseguirão sabedoria e os maldizentes concordarão em aprender”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo (Salmos 26)


— O Senhor é minha luz e salvação.
— O Senhor é minha luz e salvação.

— O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção da minha vida; perante quem eu tremerei?
— Ao Senhor eu peço apenas uma coisa, e é só isto que eu desejo: habitar no santuário do Senhor por toda a minha vida; saborear a suavidade do Senhor e contemplá-lo no seu templo.
— Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes. Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor!


Evangelho (Mateus 9,27-31)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 27partindo Jesus, dois cegos o seguiram, gritando: “Tem piedade de nós, filho de Davi!” 28Quando Jesus entrou em casa, os cegos se aproximaram dele. Então Jesus perguntou-lhes: “Vós acreditais que eu posso fazer isso?”
Eles responderam: “Sim, Senhor”. 29Então Jesus tocou nos olhos deles, dizendo: “Faça-se conforme a vossa fé”. 30E os olhos deles se abriram.
Jesus os advertiu severamente: “Tomai cuidado para que ninguém fique sabendo”. 31Mas eles saíram, e espalharam sua fama por toda aquela região.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


São Francisco Xavier

São Francisco Xavier A Igreja que na sua essência é missionária, teve no século XV e XVI um grande impulso do Espírito Santo para evangelizar a América e o Oriente. No Oriente, São Francisco Xavier destacou-se com uma santidade que o levou a ousadia de fundar várias missões, a ponto de ser conhecido como "São Paulo do Oriente". Francisco nasceu no castelo de Xavier, na Espanha, a 7 de abril de 1506, sofreu com a guerra, onde aprendeu a nobreza e a valentia; com dezoito anos foi para Paris estudar, tornando-se doutor e professor.

Vaidoso e ambicioso, buscava a glória de si até conhecer Inácio de Loyola, com quem fez amizade; e que sempre repetia ao novo amigo: "Francisco, que adianta o homem ganhar o mundo inteiro se perder a sua alma?" Com o tempo, e intercessão de Inácio, o coração de Francisco foi cedendo ao amor de Jesus, até que entrou no verdadeiro processo de conversão; o resultado se vê no fato de ter se tornado cofundador da Companhia de Jesus. Já como Padre, e empenhado no caminho da santidade, São Francisco Xavier foi designado por Inácio a ir em missão para o Oriente. Na Índia, fez frutuoso trabalho de evangelização que abrangeu todas as classes e idades, ao avançar para o Japão, submeteu-se em aprender a língua e os seus costumes, a fim de anunciar um Cristo encarnado. Ambicionando a China para Cristo, pôs-se a caminho, mas em uma ilha frente a sua nova missão, veio a falecer por causa da forte febre e cansaço.

Esse grande santo missionário entrou no Céu com quarenta e seis anos, e percorreu grandes distâncias para anunciar o Evangelho, tanto assim que se colocássemos em uma linha suas viagens, daríamos três vezes a volta na Terra. São Francisco Xavier, com dez anos de apostolado, tornou-se merecidamente o Patrono Universal das Missões ao lado de Santa Teresinha do Menino Jesus.


São Francisco Xavier, rogai por nós!


Vídeo de São Pio de Pietrelcina


Oração de São Pio de Pietrelcina

“Jesus, Que nada me separe de Ti, nem a vida, nem a morte. Seguindo-Te em vida, ligado a Ti com todo amor, seja-me concedido expirar contigo no Calvário, para subir contigo à glória eterna; Seguirei contigo nas tribulações e nas perseguições, para ser um dia digno de amar-Te na revelada glória do Céu; para cantar-Te um hino de agradecimento por todo o Teu sofrimento por mim. Jesus, Que eu também enfrente como Tu, com serena paz e tranqüilidade, todas as penas e trabalhos que possa encontrar nesta terra; uno tudo a Teus méritos, às Tuas penas, às Tuas expiações, às Tuas lágrimas a fim de que colabore contigo para a minha salvação e para fugir de todo o pecado – causa que Te fez suar sangue e Te reduziu à morte. Destrói em mim tudo o que não seja do Teu agrado. Com o fogo de Tua santa caridade, escreve em meu coração todas as Tuas dores. Aperta-me fortemente a Ti, de maneira tão estreita e tão suave, que eu jamais Te abandone nas Tuas dores. Amém!”

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Liturgia da sexta-Feira, 26 de novembro de 2010

Primeira leitura(Apocalipse 20,1-4.11 – 21,2)
Sexta-Feira, 26 de Novembro de 2010
34ª Semana Comum

Leitura do Livro do Apocalipse de São João.

Eu, João, 20,1vi um anjo descer do céu. Nas mãos tinha a chave do Abismo e uma grande corrente. 2Ele agarrou o Dragão, a antiga Serpente, que é o Diabo, Satanás. Acorrentou-o por mil anos 3e lançou-o dentro do Abismo. Depois, trancou e lacrou o Abismo, para que o Dragão não seduzisse mais as nações da terra, até que terminassem os mil anos. Depois dos mil anos, o Dragão deve ser solto, mas por pouco tempo.
4Vi então tronos, e os seus ocupantes sentaram-se e receberam o poder de julgar. Vi também as almas daqueles que foram decapitados por causa do Testemunho de Jesus e da Palavra de Deus e aqueles que não tinham adorado a besta, nem a imagem dela, nem tinham recebido na fronte ou na mão a marca da besta. Eles voltaram a viver, para reinar com Cristo durante mil anos.
11Vi ainda um grande trono branco e aquele que estava sentado nele. O céu e a terra fugiram da sua presença e não se achou mais o lugar deles. 12Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, em pé diante do trono. Foram abertos livros, e mais um outro livro ainda: o livro da vida. Então foram julgados os mortos, de acordo com sua conduta, conforme está escrito nos livros.
13O mar devolveu os mortos que se encontravam nele. A morte e a morada dos mortos entregaram de volta os seus mortos. E cada um foi julgado conforme sua conduta. 14A morte e a morada dos mortos foram então lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte: o lago de fogo. 15Quem não tinha o seu nome escrito no livro da vida foi também lançado no lago de fogo. 21,1Vi então um novo céu e uma nova terra. Pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. 2Vi a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, de junto de Deus, vestida qual esposa enfeitada para o seu marido.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo (Salmos 83)

— Eis a tenda de Deus, no meio do povo!
— Eis a tenda de Deus no meio do povo!

— Minha alma desfalece de saudades e anseia pelos átrios do Senhor! Meu coração e minha carne rejubilam e exultam de alegria no Deus vivo!
— Mesmo o pardal encontra abrigo em vossa casa, e a andorinha ali prepara o seu ninho, para nele seus filhotes colocar: vossos altares, ó Senhor Deus do universo! Vossos altares, ó meu Rei e meu Senhor!
— Felizes os que habitam vossa casa; para sempre haverão de vos louvar! Felizes os que em vós têm sua força, caminharão com um ardor sempre crescente.

Evangelho (Lucas 21,29-33)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lu cas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 29Jesus contou-lhes uma parábola: “Olhai a figueira e todas as árvores. 30Quando vedes que elas estão dando brotos, logo sabeis que o verão está perto. 31Vós também, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Reino de Deus está perto. 32Em verdade, eu vos digo: tudo isso vai acontecer antes que passe esta geração. 33O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


São Leonardo de Porto Maurício

Lembramos hoje a santidade do sacerdote que, pela sua vida e missão, mereceu ser constituído pelo Papa Pio XI, como Patrono dos sacerdotes que, em qualquer parte da terra, se consagram às missões populares católicas. São Leonardo, o grande missionário do século XVIII, como lhe chamou Santo Afonso Maria de Ligório, nasceu em Porto Maurício, perto de Gênova, Itália, a 20 de dezembro de 1676. Aconteceu que Leonardo perdeu muito cedo sua mãe, tendo sido criado e educado pelo seu tio. Encontrou cedo sua vocação ao Sacerdócio, por isso, ao renunciar a si mesmo, foi para Roma formar-se no Colégio da Companhia de Jesus. Por causa da sua inocência e sólida virtude, conquistou a simpatia e a alta consideração de seus superiores, que nele viam outro angélico Luís Gonzaga. Entrou para a Ordem Franciscana, no Convento de São Boaventura, e com 26 anos já era Padre. Começou a vivenciar toda a riqueza do Evangelho e a radicalidade típica dos imitadores de Francisco, por isso ocupou posições cada vez maiores no serviço à Ordem, à Igreja e para com todos. Devoto da Virgem Maria, que lhe salvou a vida num tempo de incurável doença (tuberculose), São Leonardo de Porto Maurício era devotíssimo do Sagrado Coração de Jesus na forma da adoração ao Jesus Eucarístico.

Foi, no século XVIII, o grande apóstolo do santo exercício da Via-Sacra. Era um grande amante da pobreza radical e franciscana. Toda a vida, penitências e orações de São Leonardo convergiam para a salvação das almas. Era tal a unção, a caridade ardente e o entusiasmo que repassava em suas pregações, que o célebre orador Bapherini, encanecido já no exercício da palavra, sendo enviado por Clemente XII a ouvir os sermões de Leonardo para depois o informar a este respeito, desempenhou-se da sua missão dizendo "que nunca ouvira pregador mais arrebatador, que o efeito de seus discursos era irresistível, que ele próprio não pudera reter as lágrimas". São Leonardo era digno sucessor de Santo Antônio de Lisboa, de São Bernardino de Sena e de São João Capistrano. O próprio Pontífice Bento XIV quis ouvir o famoso missionário, e para isso chamou-o a Roma, em 1749, a fim de preparar os fiéis para o Ano Santo. Depois de derramar-se por Deus e pelos outros, São Leonardo de Porto Maurício, não se tornou mártir, como tão desejava, mas deu toda sua vida no dia-a-dia até adoecer e entrar no Céu a 26 de novembro de 1751, no Convento de São Boaventura, em Roma, onde, 54 anos antes, se consagrara ao Senhor sob o burel de São Francisco. Não se limitou apenas à pregação o ilustre missionário de Porto Maurício; deixou também vasta coleção de escritos, publicados a princípio isoladamente, e reunidos depois numa grande edição, que prolonga no futuro a sua prodigiosa ação missionária, não apenas dentro das fronteiras da Itália, mas cujo âmbito é todo o mundo civilizado, pelas traduções feitas em quase todas as línguas cultas. Estes escritos constituem, em geral, um rico tesouro de verdades ascéticas e ensinamentos morais e homiléticos.

São Leonardo de Porto Maurício, rogai por nós!



Fonte: Cancaonova.com

Cristo Rei!

Celebramos hoje Jesus Cristo como Rei Universal. Fixemos os olhos em Jesus pregado na Cruz. Uma cruz é o seu trono real. É a partir daqui, da sua morte pelos nossos pecados, que Jesus Cristo estabelece o seu reinado, um reino de paz e de reconciliação universal.

Jesus Cristo é a meta final da História. É, pois, com razão que encerramos o Ano Litúrgico aclamando-O como «Rei dos Reis e Senhor dos Senhores», o Senhor e Rei de todo o Universo.

E como é que este Rei nos aparece na leitura do Evangelho de hoje? Aquele letreiro afixado na Cruz o proclama Rei. Aos olhos do povo, porém, Ele não passa de um rei de comédia… Feito objeto de troça e sarcasmo, é mesmo desafiado a mostrar o seu poder salvador: «salvou os outros, que se salve a si»; «se és rei, salva-te a ti e desce da Cruz!»

E Jesus mostra o seu poder salvador, não descendo do trono da Cruz, mas levando a cabo, por meio dela, a obra da salvação da Humanidade! Pregado na Cruz, oculta a sua majestade e quer manifestar em que consiste a sua realeza: o perdão para os que O insultam e maltratam; a garantia do paraíso ao ladrão arrependido; o abrir-nos as portas do Reino dos Céus até então fechadas pelo pecado. Não é reduzindo a nada os seus inimigos que Ele estabelece o seu reinado, mas provocando o amor das suas criaturas com o amor que lhes mostra «até ao fim»; assim reconcilia com Deus todas as coisas, «estabelecendo a paz, pelo sangue da sua Cruz, com todas as criaturas na terra e nos céus» (2ª leitura). O seu reino é «um reino de verdade e de vida, de santidade e de graça, de justiça, de amor e de paz» (prefácio da oração eucarística).

Jesus é Rei porque é Deus feito homem: «n’Ele reside toda a plenitude», isto é, n’Ele “habita corporalmente toda a plenitude da natureza divina” (2ª leitura e Col 2, 9), por isso «em tudo Ele tem o primeiro lugar» (2ª leitura). Com efeito «por Ele e para Ele tudo foi criado» e «Ele é a Cabeça da Igreja, que é o seu Corpo» (ibid.).

Mas, assim como acontecia no Calvário, o drama da rejeição do amor deste Rei de Paz e de Misericórdia continua atual. Confrontamo-nos com uma sociedade que teima em viver de costas para Deus e que tenta impor um projeto de vida contrário ao maravilhoso plano de amor e de paz inscrito no coração humano e na própria natureza das coisas. João Paulo II advertia que hoje acontece a difusão duma mentalidade inspirada no laicismo e esta ideologia leva gradualmente à restrição da liberdade religiosa até promover um desprezo ou ignorância do religioso, relegando a fé para a esfera do privado e opondo-se à sua expressão pública, o que nada tem a ver com a justa laicidade do Estado. Ora «uma sociedade em que Deus é absolutamente ausente autodestrói-se; vimo-lo nos grandes regimes totalitários do século passado», como nos ensina o Papa Bento XVI.

Em face desta situação, que vem já do séc. XVIII, Pio XI instituiu esta festa de Cristo Rei em 1925 e mais adiante promoveu a Ação Católica. O grito de S. Paulo, «é preciso que Ele reine» (1 Cor 15, 25) é a aspiração de todo o discípulo de Cristo, que quer opor aos desígnios dos homens da parábola de Lc 19, 14 – «não queremos que Ele reine» – um ideal apostólico, que veio a expressar-se no lema litúrgico: «Regnare Christum vólumus!»(Queremos que Cristo reine!). E foi assim que Jesus nos ensinou a rezar na oração do Pai-nosso: «Venha o teu Reino».

Perante o reinado de Cristo a nossa atitude não pode ser a de ficarmos passivos, limitando-nos a receber os bens do Reino. A vocação cristã implica a missão de ser apóstolo deste Reino. O Concílio Vaticano II, ao falar dos leigos, proclama que, «por própria vocação, compete aos leigos procurar o Reino de Deus tratando das realidades temporais e ordenando-as de acordo com Deus» (LG 31).

Para isso, antes de mais, temos de fazer com que Cristo reine plenamente em nós próprios. Que Ele reine na nossa inteligência, procurando conhecermos cada vez melhor as verdades da fé aderindo interiormente a elas; que Cristo reine na nossa vontade para que ela se identifique com o querer de Deus e o seu projeto de salvação; que Ele reine no nosso coração para que ele não se apegue a nada contrário ao amor de Deus. Só então poderemos dar um testemunho válido e contribuir eficazmente para o reinado de Cristo na nossa família, no nosso ambiente de trabalho, enfim, na sociedade em que vivemos.

O ponto de partida de todo o apostolado eficaz é a procura incansável da identificação com Cristo; esta é a meta que João Paulo II propôs para o novo milênio: «Em primeiro lugar, não hesito em dizer que o horizonte para que deve tender todo o caminho pastoral é a santidade… É preciso, pois, redescobrir, em todo o seu valor programático, o cap V da LG do Concílio, intitulado ‘vocação universal à santidade’» (NMI 30). A propósito, é bem expressivo um ponto do livro “Caminho”, de São Josemaría Escrivá: «Um segredo, um segredo em voz alta: estas crises mundiais são crises de santos. Deus quer um punhado de homens ‘seus’ em cada atividade humana. Depois... ‘Pax Christi in regno Christi’ – a paz de Cristo no reino de Cristo» (nº 301).

Dom Antônio Carlos Rossi Keller, Bispo da Diocese de Frederico Westphalen, no Rio Grande do Sul.
Frederico Westphalen, 21 de novembro de 2010.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Liturgia da sexta-feira 19 de novembro de 2010

Primeira leitura (Apocalipse 10,8-11)
Sexta-Feira, 19 de Novembro de 2010
S. Roque González e Comps*


Leitura do Livro do Apocalipse de São João.

8Aquela mesma voz do céu, que eu, João, já tinha ouvido, tornou a falar comigo: “Vai. Pega o livrinho aberto da mão do anjo que está de pé sobre o mar e a terra”. 9Eu fui até o anjo e pedi que me entregasse o livrinho. Ele me falou: “Pega e come. Será amargo no estômago, mas na tua boca, será doce como mel”. 10Peguei da mão do anjo o livrinho e comi-o. Na boca era doce como mel, mas quando o engoli, meu estômago tornou-se amargo. 11Então ele me disse: “Deves profetizar ainda contra outros povos e nações, línguas e reis”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo (Salmos 118)

— Como é doce ao paladar vossa palavra, ó Senhor!
— Como é doce ao paladar vossa palavra, ó Senhor!

— Seguindo vossa lei me rejubilo muito mais do que em todas as riquezas.
— Minha alegria é a vossa Aliança, meus conselheiros são os vossos mandamentos.
— A lei de vossa boca, para mim, vale mais do que milhões em ouro e prata.
— Como é doce ao paladar vossa palavra, muito mais doce do que o mel na minha boca!
— Vossa palavra é minha herança para sempre, porque é ela que me alegra o coração!
— Abro a boca e aspiro largamente, pois estou ávido de vossos mandamentos.


Evangelho (Lucas 19,45-48)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 45Jesus entrou no Templo e começou a expulsar os vendedores. 46E disse: “Está escrito: ‘Minha casa será casa de oração’. No entanto, vós fizestes dela um antro de ladrões”. 47Jesus ensinava todos os dias no Templo. Os sumos sacerdotes, os mestres da Lei e os notáveis do povo procuravam um modo de matá-lo. 48Mas não sabiam o que fazer, porque o povo todo ficava fascinado quando ouvia Jesus falar.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

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São Roque González e companheiros mártires

19 de Novembro

São Roque González e companheiros mártires Com alegria celebramos a santidade destes Jesuítas que deram a vida pela fé, amor e esperança em Jesus Cristo, são eles: Roque González e seus companheiros Afonso Rodríguez e João del Castillo.

Roque González nasceu em Assunção do Paraguai, em 1576, e estudou com os Padres Jesuítas, que muito ajudaram-no a desenvolver seus dotes humanos e espirituais.

O coração de Roque González sempre se compadeceu com a realidade dos indígenas oprimidos, por isso ao se formar e ser ordenado Sacerdote do Senhor, aos 22 anos de idade, foi logo trabalhar como padre diocesano numa aldeia carente. São Roque, sempre obediente à vontade do Pai do Céu, entrou no noviciado da Companhia de Jesus, com 33 anos, e acompanhado com outros ousados missionários, aceitou a missão de pacificar terríveis indígenas.

São Roque González fez de tudo para ganhar a todos para Cristo, portanto aprendeu além das línguas indígenas, aprofundou-se em técnicas agrícolas, manejo dos bois e vários outros costumes da terra. Os Jesuítas - bem ao contrário do que muitos contam de forma injusta - tinham como meta a salvação das almas, mas também a promoção humana, a qual era e é a consequência lógica de toda completa evangelização.

Certa vez numa dessas reduções que levavam os indígenas para a vida em aldeias bem estruturadas e protegidas dos colonizadores, Roque González com seus companheiros foram atacados, dilacerados e martirizados por índios ferozes fechados ao Evangelho e submissos a um feiticeiro, que matou o corpo mas não a alma destes que, desde 1628, estão na Glória Celeste.

Em 1988, o Papa João Paulo II canonizou os três primeiros mártires sul-americanos: São Roque González, Santo Afonso Rodríguez e São João del Castillo.

São Roque González e companheiros mártires, rogai por nós!

 

Catequese do Papa: Uma mulher na origem do “Corpus Chirsti”

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 17 de novembro de 2010 (ZENIT.org) - Apresentamos, a seguir, a catequese dirigida pelo Papa aos grupos de peregrinos do mundo inteiro, reunidos na Praça de São Pedro para a audiência geral.
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Queridos irmãos e irmãs:

Também nesta manhã eu gostaria de vos apresentar uma figura feminina, pouco conhecida, à qual a Igreja, no entanto, deve um grande reconhecimento, não somente pela sua santidade de vida, mas também porque, com seu grande fervor, ela contribuiu para a instituição de uma das solenidades litúrgicas mais importantes do ano, a do Corpus Domini (em português, mais conhecida como Corpus Christi, N. da T.).

Estamos falando de Santa Juliana de Cornillon, conhecida também como Juliana de Lieja. Possuímos alguns dados sobre sua vida, sobretudo por meio de uma biografia, escrita provavelmente por um contemporâneo seu, que recolhe vários testemunhos de pessoas que conheceram diretamente a santa.
Juliana nasceu entre 1191 e 1192, nas proximidades de Lieja, na Bélgica. É importante sublinhar este lugar, porque naquela época a diocese de Lieja era, por assim dizer, um verdadeiro "cenáculo eucarístico". Antes de Juliana, insignes teólogos haviam ilustrado lá o valor supremo do sacramento da Eucaristia e, sempre em Lieja, havia grupos femininos generosamente dedicados ao culto eucarístico e à comunhão fervente. Guiadas por sacerdotes exemplares, tais mulheres moravam juntas, dedicando-se à oração e às obras de caridade.

Órfã aos 5 anos de idade, Juliana, junto à sua irmã Inês, foi confiada aos cuidados das religiosas agostinianas do convento-leprosário de Mont-Cornillon. Foi educada sobretudo por uma freira cujo nome era Sabedoria e que acompanhou seu amadurecimento espiritual, até que a própria Juliana recebeu o hábito religioso e se converteu, também ela, em freira agostiniana. Adquiriu uma notável cultura, chegando até a ler as obras dos Padres da Igreja em latim, particularmente Santo Agostinho e São Bernardo. Além de uma inteligência vivaz, Juliana mostrava, desde o começo, uma propensão particular à contemplação; tinha um sentido profundo da presença de Cristo, que experimentava vivendo de maneira particularmente intensa o sacramento da Eucaristia e meditando com frequência sobre as palavras de Jesus: "Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos" (Mt 28,20).

Aos 16 anos, teve uma primeira visão, que depois se repetiu muitas vezes em suas adorações eucarísticas. A visão apresentava a lua em seu pleno esplendor, com uma faixa escura que a atravessava diametralmente. O Senhor a fez compreender o significado do que lhe aparecera. A lua simbolizava a vida da Igreja na terra; a linha opaca representava, no entanto, a ausência de uma festa litúrgica, para cuja instituição se pedia a Juliana que trabalhasse de maneira eficaz, isto é, uma festa na qual os fiéis pudessem adorar a Eucaristia para aumentar sua fé, crescer na prática das virtudes e reparar as ofensas ao Santíssimo Sacramento.

Durante cerca de 20 anos, Juliana - que, enquanto isso, havia se tornado a priora do convento - conservou em segredo esta revelação, que havia enchido seu coração de alegria. Depois contou a duas ferventes adoradoras da Eucaristia: a Beata Eva, que levava uma vida eremítica, e Isabel, que a havia seguido ao mosteiro de Mont-Cornillon. As três mulheres estabeleceram uma espécie de "aliança espiritual", com o propósito de glorificar o Santíssimo Sacramento. Também quiseram envolver um sacerdote muito estimado, João de Lausana, cônego da igreja de São Martinho de Lieja, pedindo-lhe que interpelasse teólogos e eclesiásticos sobre o que elas carregavam no coração. As respostas foram positivas e motivadoras. 

O que aconteceu com Juliana de Cornillon se repete frequentemente na vida dos santos: para ter a confirmação de que uma inspiração vem de Deus, é necessário sempre submergir-se na oração, saber esperar com paciência, buscar a amizade e aproximar-se de outras almas boas e submeter tudo ao juízo dos pastores da Igreja. Foi precisamente o bispo de Lieja, Roberto de Thourotte, quem, depois das dúvidas iniciais, acolheu a proposta de Juliana e das suas companheiras e instituiu, pela primeira vez, a solenidade do Corpus Domini em sua diocese. Mais tarde, outros bispos o imitaram, estabelecendo a mesma festa nos territórios confiados aos seus cuidados pastorais.

Contudo, Deus frequentemente pede aos santos que superem provas, para que sua fé cresça. Isso aconteceu com Juliana, que teve de sofrer a dura oposição de alguns membros do clero e do próprio superior do qual seu mosteiro dependia. Então, por vontade própria, Juliana deixou o convento de Mont-Cornillon com algumas companheiras e, durante 10 anos, entre 1248 e 1258, foi hóspede de vários mosteiros de religiosas cistercienses. Ela edificava todos com sua humildade, nunca tinha palavras de crítica ou de reprovação para seus adversários, senão que continuava difundindo com zelo o culto eucarístico. Faleceu em 1258, em Fosses-La-Ville, na Bélgica. Na cela em que jazia, expuseram o Santíssimo Sacramento e, segundo as palavras do seu biógrafo, Juliana morreu contemplando, com um último arrebato de amor, Jesus Eucaristia, a quem sempre havia amado, honrado e adorado.

Para a boa causa da festa do Corpus Domini, foi conquistado também Giacomo Pantaléon de Troyes, que havia conhecido a santa durante seu ministério de arquidiácono em Lieja. Foi precisamente ele quem, ao tornar-se papa com o nome de Urbano IV, em 1264, quis instituir a solenidade do Corpus Domini como festa de preceito para a Igreja universal, na quinta-feira depois de Pentecostes. Na bula de instituição, intitulada Transiturus de hoc mundo (11 de agosto de 1264), o Papa Urbano também evoca com discrição as experiências místicas de Juliana, respaldando sua autenticidade, e escreve: "Ainda que a Eucaristia seja solenemente celebrada todos os dias, consideramos justo que, ao menos uma vez por ano, faça-se dela mais honrada e solene memória. As demais coisas, de fato, das quais fazemos memória, nós as apreendemos com o espírito e com a mente, mas não obtemos por isso sua presença real. No entanto, nesta comemoração sacramental de Cristo, ainda que sob outra forma, Jesus Cristo está presente conosco em sua própria substância. De fato, enquanto estava a ponto de ascender ao céu, disse: 'Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos' (Mt 28, 20)".

O próprio Pontífice quis dar exemplo, celebrando a solenidade do Corpus Domini em Orvieto, cidade em que então residia. Precisamente por ordem sua, na catedral da cidade se conservava - e se conserva ainda hoje - o célebre corporal com as marcas do milagre eucarístico ocorrido no ano anterior, em 1263, em Bolsena. Um sacerdote, enquanto consagrava o pão e o vinho, teve fortes dúvidas sobre a presença real do Corpo e do Sangue de Cristo no sacramento da Eucaristia. Milagrosamente, algumas gotas de sangue começaram a escorrer da Hóstia consagrada, confirmando, dessa forma, o que a nossa fé professa. Urbano IV pediu a um dos maiores teólogos da história, São Tomás de Aquino - que naquela época acompanhava o Papa e se encontrava em Orvieto - que compusesse os textos do ofício litúrgico desta grande festa. Tais textos, em uso ainda hoje na Igreja, são obras-primas nas quais se fundem teologia e poesia. São textos que fazem as cordas do coração vibrar, para expressar louvor e gratidão ao Santíssimo Sacramento, enquanto a inteligência, adentrando-se com estupor no mistério, reconhece na Eucaristia a presença viva e verdadeira de Jesus, do seu sacrifício de amor que nos reconcilia com o Pai e nos dá a salvação.

Ainda que, após a morte de Urbano IV, a celebração da festa do Corpus Domini tenha se limitado a algumas regiões da França, da Alemanha, da Hungria e da Itália Setentrional, o Papa João XXII, em 1317, restaurou-a para toda a Igreja. Desde então, a festa teve um desenvolvimento maravilhoso e ainda é muito especial para o povo cristão.

Eu gostaria de afirmar com alegria que hoje, na Igreja, há uma "primavera eucarística": quantas pessoas dedicam seu tempo a estar diante do Tabernáculo, silenciosas, para desfrutar de um diálogo de amor com Jesus! É consolador saber que muitos grupos de jovens redescobriram a beleza de rezar em adoração diante da Santíssima Eucaristia.

Rezo para que esta "primavera eucarística" se difunda para vez mais em todas as paróquias, em particular na Bélgica, a pátria de Santa Juliana. O Venerável João Paulo II, na encíclica Ecclesia de Eucharistia, constatava que, "em muitos lugares, é dedicado amplo espaço à adoração do Santíssimo Sacramento, tornando-se fonte inesgotável de santidade. A devota participação dos fiéis na procissão eucarística da solenidade do Corpo e Sangue de Cristo é uma graça do Senhor que anualmente enche de alegria quantos nela participam. E mais sinais positivos de fé e de amor eucarísticos se poderiam mencionar" (n. 10).

Recordando Santa Juliana de Cornillon, renovemos, também nós, a fé na presença real de Cristo na Eucaristia. Como nos ensina o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, "Jesus Cristo está presente na Eucaristia dum modo único e incomparável. De fato, está presente de modo verdadeiro, real, substancial: com o seu Corpo e o seu Sangue, com a sua Alma e a sua Divindade. Nela está presente em modo sacramental, isto é, sob as espécies eucarísticas do pão e do vinho, Cristo completo: Deus e homem" (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, 282).

Queridíssimos amigos, a fidelidade ao encontro com o Cristo Eucarístico na Santa Missa dominical é essencial para o caminho de fé, mas tentemos também visitar frequentemente o Senhor presente no Tabernáculo! Contemplando, em adoração, a Hóstia consagrada, encontramos o dom do amor de Deus, encontramos a Paixão e a Cruz de Jesus, assim como sua Ressurreição. Precisamente por meio do nosso olhar em adoração, o Senhor nos atrai a Si, dentro do seu mistério, para transformar-nos como transforma o pão e o vinho (cf. Bento XVI, homilia na solenidade do Corpus Domini, 15 de junho de 2006). Os santos sempre receberam força, consolo e alegria no encontro eucarístico. Com as palavras do hino eucarístico Adoro te devote, repitamos diante do Senhor, presente no Santíssimo Sacramento: "Fazei-me crer cada vez mais em vós, que em Vós eu tenha esperança, que eu vos ame!". 

Obrigado.

[Tradução: Aline Banchieri.
©Libreria Editrice Vaticana]

Fonte: Zenit.org 

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Liturgia de sexta-Feira, 12 de Novembro de 2010

Primeira leitura (2João 4-9)
Sexta-Feira, 12 de Novembro de 2010
São Josafá*


Leitura da Segunda Carta de São João.

4Muito me alegrei, Senhora, por ter encontrado alguns dos teus filhos que caminham conforme a verdade, segundo o mandamento que recebemos do Pai.
5E agora, Senhora, eu te peço – não que te esteja escrevendo a respeito de um novo mandamento, pois se trata daquele que temos desde o princípio: amemo-nos uns aos outros. 6E amar consiste no seguinte: em viver conforme os seus mandamentos.
Este é o mandamento que ouvistes desde o início para guiar o vosso proceder. 7Acontece que se espalharam pelo mundo muitos sedutores, que não confessam a Jesus Cristo encarnado. Está aí o Sedutor, o Anticristo. 8Tomai cuidado, se não quereis perder o fruto do vosso trabalho, mas sim, receber a plena recompensa. 9Todo o que não permanece na doutrina de Cristo, mas passa além, não possui a Deus. Aquele que permanece na doutrina é o que possui o Pai e o Filho.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Salmo (Salmos 118)

— Feliz é quem na lei do Senhor Deus vai progredindo!
— Feliz é quem na lei do Senhor Deus vai progredindo!

— Feliz o homem sem pecado em seu caminho, que na lei do Senhor Deus vai progredindo!
— Feliz o homem que observa seus preceitos, e de todo o coração procura a Deus!
— De todo o coração eu vos procuro, não deixeis que eu abandone a vossa lei!
— Conservei no coração vossas palavras, a fim de que eu não peque contra vós.
— Sede bom com vosso servo, e viverei, e guardarei vossa palavra, ó Senhor.
— Abri meus olhos, e então contemplarei as maravilhas que encerra a vossa lei!

Evangelho (Lucas 17,26-37)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 26“Como aconteceu nos dias de Noé, assim também acontecerá nos dias do Filho do Homem. 27Eles comiam, bebiam, casavam-se e se davam em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. Então chegou o dilúvio e fez morrer todos eles. 28Acontecerá como nos dias de Ló: comiam e bebiam, compravam e vendiam, plantavam e construíam. 29Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma, Deus fez chover fogo e enxofre do céu e fez morrer todos.
30O mesmo acontecerá no dia em que o Filho do Homem for revelado. 31Nesse dia, quem estiver no terraço, não desça para apanhar os bens que estão em sua casa. E quem estiver nos campos não volte para trás. 32Lembrai-vos da mulher de Ló.
33Quem procura ganhar a sua vida vai perdê-la; e quem a perde vai conservá-la. 34Eu vos digo: nesta noite, dois estarão numa cama; um será tomado e o outro será deixado.35Duas mulheres estarão moendo juntas; uma será tomada e a outra será deixada.36Dois homens estarão no campo; um será levado e o outro será deixado”.
37Os discípulos perguntaram: “Senhor, onde acontecerá isso?” Jesus respondeu: “Onde estiver o cadáver, aí se reunirão os abutres”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


São Josafá*

São Josafá
Hoje celebramos a memória do santo Bispo que derramou o seu sangue por amor do Supremo e Único Pastor das ovelhas, tornando-se precursor do ecumenismo. João Kuncevicz nasceu em Wladimir (Ucrânia), no ano de 1580, numa família de ortodoxos, ou seja, ligados à Igreja Bizantina e não à Igreja Romana. 

Com a mudança de vida mudou também o nome para Josafá, pois era comerciante até que, tocado pelo Espírito do Senhor, abraçou a fé católica e entrou para a Ordem de São Basílio, na qual, como monge desde os 24 anos, tornou-se apóstolo da unidade e sacerdote do Senhor. Dotado de muitas virtudes e dons, foi superior de vários conventos, até tornar-se Arcebispo de Polotsk em 1618 e lutar pela formação do Clero, pela catequese do povo e pela evangelização de todos. 

São Josafá, além de promover com o seu testemunho a caridade para com os pobres, desgastou-se por inteiro na promoção da unidade da Igreja Bizantina com a Romana; por isso conseguiu levar muitos a viverem unidos na Igreja de Cristo. Os que entravam em comunhão com a Igreja Romana, como Josafá, passaram a ser chamados de "uniatas", ou seja, excluídos e acusados de maus patriotas e apóstolos, segundo os ortodoxos. Aconteceu que numa viagem pastoral, Josafá, com 43 anos na época, foi atacado, maltratado e martirizado. Após ser assassinado, São Josafá foi preso a um cão morto e lançado num rio. Dessa forma, entrou no Céu, donde continua intercedendo pela unidade dos cristãos, tanto assim que os próprios assassinos mais tarde converteram-se à unidade desejada por Nosso Senhor Jesus Cristo. 

São Josafá, rogai por nós!